quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Banalização

Banalização
"Mas na grande parte da produção literária, em contos, dramas e novelas subsiste o sistema de resíduos, com as formas características da dissociação subjetivista. O fundo constante do mesmo está constituído pelo que foi, com justiça, denominado "fetichismo das relações humanas", dos insignificantes problemas sentimentais, sexuais ou também sociais de indivíduos insignificantes (...)" (EVOLA, J. 1999 p.170)    

            Parte do processo estratégico da sinarquia para diminuir os valores hiperbóreos dentro de uma sociedade parte, dentro do âmbito cultural, das produções televisivas, literárias e cinematográficas. Essas são formadoras de opinião e de valores, estabelecendo um novo contexto de valores na esfera cultural da sociedade, fazendo com que o ser haja de um modo pré-estabelecido diante dos acontecimentos.
            Com o passar do tempo, as produções passaram a narrar a vida cotidiana dos seres mais ordinários da sociedade, seus dramas pequenos e fúteis, suas vidas e alegrias diárias. A narração de grandes feitos passou a ser esquecida, deixada de lado. A idéia do herói sumiu quase que totalmente. Sem a idéia de herói, de heroísmo, bravura e destaque entre os demais, os valores de vontade, honra e orgulho - conseqüentemente o de nacionalismo - juntos acabam submersos nas águas do inconsciente.
            Uma das principais causas dessa ação cultural é a popularização das idéias marxistas, de materialismo histórico; as idéias que atingiram todos os pensamentos e mudaram a cultura para sempre. Dentro da história, passa-se a narrar os fatos que abrangem a todos e não à elite ou aristocracia e seres relevantes que produziram grandes feitos para a nação; na literatura os pequenos dramas sobre qualquer coisa banal ou sentimentalismo barato se tornam freqüentes; nas produções cinematográficas, televisivas etc. ocorre mesma coisa que na literatura. Todo o processo, paulatinamente, fez morrer a arte da grandeza que, em outros tempos, estávamos acostumados.
            Porém, do mesmo modo que a idéia de heroísmo tradicional some, outra é proposta; a do heroísmo de valor cristão, benevolente de forma patética e sem qualquer ideal ou motivação maior que crie situações de honra. Esse “herói” proposto pela mídia – especialmente às crianças – é o mesmo que se humilha e tem apenas como meta fazer o bem – sendo um bem um conceito deturpado, semanticamente, pela cultura – e nada mais.
Com a banalização absurda da arte aproximando-a do rebanho e com a imposição de valores cristão-judaicos dentro da cultura se torna claro o tipo de sociedade criada; o eterno rebanho calmo, abúlico que só espera o holocausto de fogo de seu senhor Jeová.

Referência
Trecho traduzido de:
EVOLA, Julius. Cabalgar El Tigre. Ediciones Heracles, 1999: Buenos Aires.