terça-feira, 8 de março de 2011

Da essência pagã



           Todos os elementos do mundo possuem duas formas: uma representação externa na natureza onde se apresentam como manifestação física e uma representação interna dentro do ser, em sua essência mais profunda e imanente. Cada elemento com seus símbolos e significados primordiais e universais - passíveis de interpretação feita por cada alma que existe na forma humana - existem, desde sempre, em significados simbólicos esperando para serem descobertos e afirmados no mundo exterior através da cultura. E por trás de cada conjunto de símbolos e significados há uma força primordial que age e energiza o elemento; essas forças, meus amigos, é o que chamamos de deuses. Esses são nossos deuses, são forças primordiais que estão na nossa consciência e no mundo exterior, ocultos em planos secretos entre significados inconscientes, conceitos e objetos. Nossos deuses estão vivos na natureza e no ser e é por isso que nosso paganismo sempre será real e modo completo de realização do si mesmo.
            Os deuses continuam vivos na lua, no sol, nas montanhas, árvores, nas mudanças de estação e no vento, na parte incriada e mais íntima de cada espírito aprisionado em um mundo ilusório. E é a contemplação que nos revelará o real significado de cada elemento, sua essência e o modo como nós - que utilizamos nossa alma, que é única nesse mundo, na abstração de significado  -, os espíritos nobres, entendemos e interagimos com as forças do mundo que nos cerca.