domingo, 30 de outubro de 2011

Dime cosas incorectas

Vi um amigo publicando a música que fizeram dessa poesia e gostei:



Sé buena, dime cosas incorrectas
desde el punto de vista político. Un ejemplo:
que eres rubia. Otro ejemplo: que Occidente
no te parece un monstruo de barbarie
dedicado a la sórdida tarea
de cargarse el planeta. Otro: que el multi-
culturalismo es un nuevo fascismo,
sólo que más hortera, o que disfrutas
pegando a un pedagogo o a un psicólogo,
o que el Mediterráneo te horroriza.
Dime cosas que lleven a la hoguera
directamente, dime atrocidades
que cuestionen verdades absolutas
como: “No creo en la igualdad”. O dime
cosas terribles como que me quieres
a pesar de que no soy de tu sexo,
que me quieres del todo, con locura,
para siempre, como querían antes
las hembras de la Tierra.

.
Luis Alberto de Cuenca
Political incorrectness
De La vida en llamas, 2006

A versão em música:


Semper fi!
Auf wiedersehen!

sábado, 15 de outubro de 2011

Michel Onfray e a farsa de Freud


Mais uns nas fileiras dos que demonstram asco por Freud e suas teorias. Confiram a entrevista:



Para você, que aspectos de Freud o caracterizariam como um "charlatão"?
Toda a vida de Freud foi uma fábula criada para sustentar que a psicanálise é uma ciência que trata e cura. Basta apontar suas inúmeras mentiras, sua vontade de destruir anotações e arquivos e de dar sumiço às suas correspondências para, assim, deixar como a única versão de sua epopeia aquilo que ele propôs em suas autobiografias Minha Vida e a Psicanálise e Contribuição à História da Psicanálise.

O que ele omitiu em suas autobiografias?
Não vemos jamais menções aos seus erros médicos, dos quais alguns levaram a mortes, como a do médico Fleischl von Marxow [amigo a quem Freud receitou cocaína para aliviar o vício de morfina]. Ele também inventou casos inexistentes e apresentou outros de cura que jamais se concretizaram. O mais evidente de todos é o de Sergei Pankejeff, o "homem dos lobos". Freud diz tê-lo curado em 1918. Mas esse homem, já octogenário, continuava com suas sessões de terapia em 1974.

Mas, se Freud era um charlatão, por que tanta gente diz ter melhorado com a terapia que ele desenvolveu?
Por puro e simples efeito placebo. [Essa cura] é como a de um curandeiro, de um bruxo, de um exorcista. Só muda a roupagem. Estudos científicos comprovam que o efeito placebo é 30% do efeito de uma substância dita alopática. Se a psicanálise obtivesse esse tipo de resultado, já seria muito.

A psicanalista Elisabeth Roudinesco diz que sua obra busca prejudicar 8 milhões de franceses em terapia.
A sra. Roudinesco mente há muito. Mesmo raspando o fundo da gaveta, existem na França somente 2 mil analistas. Com 20 pacientes por analista, temos 40 mil pessoas em análise. Para as psicoterapias, uma enquete concluiu que 41% dos pacientes ignoram a escola à qual pertencem seus psicoterapeutas, 20% seguem terapia comportamental e cognitiva, e apenas 12% a psicanálise.

A psicanálise, então, não seria uma ciência?
Seria na mesma medida em que a ufologia estuda os discos voadores. A psicanálise é uma parapsicologia, o que Freud deixa transparecer no título de seu livro Metapsicologia. Basta um pouco de reflexão sobre o significado dessa palavra inventada por ele.

E em que sentido ela se compara à religião? 
Freud se apoia em transmissões imateriais de geração em geração, da mais antiga Pré-História até os dias de hoje. É assim com o complexo de Édipo, a morte do pai, o banquete canibal... Para ele, tudo isso seria inexplicavelmente inscrito e transmitido no inconsciente de cada um de nós. Para Freud, esse mundo superior do inconsciente filogenético prova a verdade de um mundo superior. Daí o porquê de ser uma religião.

Na sua opinião terapia cura?
Sim, existe a psicanálise não freudiana - tema do meu próximo livro.

FONTE