quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Caminhantes do novo amanhecer


E a cada dia fico mais cansado desse mundo, dessa sociedade, dessa sociedade sem direção, sem cor, sem definição. Vendo imagens daquele tempo antigo, glorioso, penso se não poderei viver tudo aquilo novamente, se não poderei até morrer, talvez mais uma vez, por aquele ideal pelos meus e pelos nossos. Sinto uma nostalgia daquilo que já passou há tanto tempo, mas que ainda pulsa no meu sangue como se hoje fosse, ainda, o dia em que vi nosso estandarte sobre uma nação e todos seus filhos.
Não suporto mais essa sociedade dirigida por sujeitos nos bastidores, dirigida pelo inimigo de todos os nossos! Não consigo mais sequer ver diversão nessas coisas criadas apenas para nos distrair, para nos fazer esquecer. Sequer consigo estabelecer metas futuras, pois sei que isso me fará mais distante ainda do meu lugar natural.
Talvez um dia façamos tudo aquilo novamente, talvez todos nós possamos, ainda, sonhar com aquele lugar único pelo qual lutaram nossos familiares em algum momento da história. Talvez alcancemos na pós-morte a tudo que almejamos agora; tudo aquilo que nos é negado até sonhar. Continuo aqui nesse lugar estranho apenas com o sonho de poder ver, novamente em minha frente, tudo aquilo novamente, de ver os meus reunidos por uma última vez, se for o necessário. E sei que esse esforço deverá ser recompensado mais além, onde muitos dos nossos já descansam e nos esperam para o banquete. Também sei que muitos poderão não entender e acabarão por lutar contra nós. Tudo valerá a pena. Na mais profunda escuridão, a única mudança que podemos considerar é o clarão de luz.
Obrigado a todos que lutam por nós e com nós, garanto que tudo será recompensado pelo esforço de nosso sangue.
"E toda noite eu sonho em estar de volta ao tempo em que caminhava pelas florestas ancestrais."
Me refiro a tempos tão antigos que nem máquina ou cruz havia.
 Felicito-os, saúdo-vos, caminhantes do novo amanhecer.

0 comentários:

Postar um comentário