Usam o compromisso e o trabalho como muletas para sua debilidade espiritual, para passar o dia sem questionar o porquê da foice e o porquê do caderno. Apostila e martelo, a bola de ferro da nossa geração.
A única liberdade é a de apertar a corda no próprio pescoço; tente soltá-la e será morto pelos algozes da pós-moderna era. A palavra de ordem agora é hedonismo; os deuses agora se chamam niilismo.
Nossa geração não tem ideal. A única luta é por justificar a própria existência na busca por um ofício diferente, por uma imagem que sintetize sua existência. Torna-se advogado e quando perguntam “Quem és tu?”, responde prontamente “Sou advogado”. Cada um torna-se alguma coisa, mas no fim ninguém é. Todos são escravos.
E nós, amantes da liberdade, não nos prendemos a nada desse mundo. Porque, se as coisas não são do nosso jeito, não serão do jeito “deles” também. Seremos arquitetos de ruínas e nosso único sentimento será fascinação.
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