segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Turbodinamismo e seu Manifesto

Encontrei referências ao turbodinamismo em alguns blogs, achei interessante e decidi compartilhar aqui.

(...)«Na noite de 29 a 30 de Março, comemorámos dignamente o nascimento do «Turbodinamismo» — corrente artística recém-nascida, ligada à associação para a promoção social CasaPound Itália — colando dezenas de cartazes que arvoram o retrato de um dos maiores poetas europeus, Robert Brasillach».(...)
Reivindicamos o direito ao «gesto belo», anunciamos assim o aparecimento dos «Turbodinamisti», artistas filósofos autoproclamados filhos de todos e de ninguém.
FONTE

Manifesto Turbodinamista

1. Turbodinamismo – lê-se no “manifesto” da nova corrente artística lançada pela CasaPound – é exaltar o gesto gratuito, violento e descabido, com reverência e atenção ao bem vestir.
2. A arte morreu num tempo imemorial, revive apenas no imediato da acção arrojada e arriscada e confina a sua fruição apenas ao vangloriar-se depois com os amigos no pub.
3. Aos que perguntam que trabalho faz o batedor respondemos secamente que distribui virtude nas décadas de apnéia do bulismo de fachada.
4. Confinar a arte em lugares e eventos santifica a sua prisão, nós organizaremos evasões espectaculares com aquele fazer típico do canalha dos anos 20.
5. Os bons da arte, os batoteiros, os institucionais, estes malfeitores saquearam cada espírito feroz e cada Ύβρις, e nós voltámos para retomar tudo.
6. Contra a ânsia de air-bag das vossas paredes embutidas – continua, nós exaltamos as suturas e a ortopedia, a urgência e o maxilo-facial, pois são precisas fracturas para namorar com as enfermeiras.
7. Estamos cansados de ouvir cantar as vítimas e os abjectos, de ver glorificar profecias desérticas: reivindicamos aquele certo estilo necessário para atear um incêndio.
8. Aos anestésicos do politicamente correcto anunciamos que reduziremos sistematicamente em pedaços tudo, apenas pelo gosto de o fazer. Estamos conscientes que responder em cada ocasião “porque faz rir” a quem nos pergunta a razão de tamanha intolerância, não faz mais que engordar a nossa aura de torpeza, todavia faz rir.
9. A nossa tendência ao absoluto é fluidificada cada vez pelo gosto da irrupção, no imobilismo imperante ditamos a lei do mercúrio. Mas o facto de odiar praticamente todos não nos torna incapazes de cortejar uma mulher oferecendo-lhe rosas vermelhas.
10. O Turbodinamismo celebra a vida, com o paradoxo da destruição, celebra a carne e a aceitação titânica, disfarçando no sorriso a pulsão trágica e a metafísica da guerra. Degustaremos um bom whisky enquanto tudo arde, estabelecemos que o futuro nos pertence.




quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Metropolis (1927)

Filme de Fritz Lang, 1927.

Sinopse:
Metropolis (conhecido no Brasil e em Portugal como Metrópolis) é um filme alemão de ficção científica produzido em 1927, realizado pelo cineasta austríaco Fritz Lang. Foi, à época, a mais cara produção até então filmada na Europa, e é considerado por especialistas um dos grandes expoentes do expressionismo alemão. O roteiro, baseado em romance de Thea von Harbou, foi escrito por ela, em parceria com Lang.



Esse filme dá alguns indícios do que seria a sociedade do futuro, conduzida à sua perfeição entelequial – ou quase – pelos ideais materialistas de desenvolvimento. O desenvolvimento da democracia e demais armas da sinarquia para estabelecer seu domínio de forma absoluta nos meios urbanos, primeiramente.
            O filme mostra uma sociedade totalmente modernizada, “bela” em sua superfície, pois é automatizada, repleta de grandeza tecnológica, material. Porém, para sustentá-la uma massa incalculável de trabalhadores – a sociedade dos não-privilegiados – explorados, suados, cansados e pobres trabalham até a exaustão no subsolo, flertando com os perigos da poluição e da miséria. Ao mesmo tempo em que sofrem tal exploração de um sistema nocivo, desenvolvem um culto semita de salvação através de um “mediador”. Uma espécie de cristianismo, com seus personagens muito bem representados no filme, mas que servem como analogia social da redenção de uma classe.
 Holocausto ao grande Moloch

            Os senhores que detém o poder político e financeiro dessa sociedade também atuam dentro do mesmo argumento de culto e atitude. Há um enorme forno que representa o deus “MOLOCH”, das antigas tradições semitas. Tal Moloch opera um “HOLOCAUSTO toda vez que recebe sacrifícios humanos em sua boca enorme que conduz ao mais puro fogo. É o mesmo mito hebreu que atuou na elaboração da "mitologia" da II Guerra Mundial e de seus resultados. O mito de Moloch e do forno que devora, em fogo, os oferecidos para sacrifício é parte essencial da alma monoteísta e de seu desenvolvimento inconsciente.

 O "Ser-Máquina" sob o pentagrama invertido

            Ainda há, dentro do filme, a representação de outra “possibilidade de avanço” da sociedade materialista; a criação do “Ser-Máquina”, este uma espécie de robô, criado, no filme, sob um pentagrama invertido, simbolizando uma alma sujeita aos elementos da matéria. Outro passo na demência materialista, na “fome arquetípica” aplicada, aqui, ao dinheiro, o ato de possuir e nunca completar o que se anseia.
            Metropolis também serve como modo de analisar a “luta de classes” e as diferenças. O mais importante é que todas as vãs dualidades que surgem no horizonte encontram melhor explicação na comparação com o “Dragão Bicéfalo”, pois são faces diferentes do mesmo argumento; cabeças diferentes da mesma besta a ser combatida, já que, o mais diferente que sejam entre si em aparência, a psicologia de ambas pertence à mesma matriz anímica.

Semper Fi!
Auf Wiedersehen

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Arca Russa (Русский ковчег)

Nos dias atuais um cineasta é misteriosamente enviado ao museu Hermitage, em São Petersburgo, no ano de 1700. Lá ele encontra um diplomata francês do século XIX, com quem inicia uma jornada pela história da Rússia entre os séculos XVIII e XXI. 
A simples realização de Arca Russa (Russkij Kovcheg, Rússia/Alemanha, 2002) já seria suficiente para inscrever o nome do cineasta Alekxandr Sokurov em uma nova página da história do cinema. A rigor, o longa-metragem nem precisava ser bom para conseguir marcar esse tento. É simples: “Arca Russa” consegue a proeza tecnológica de ter um único plano-seqüência. Ou seja, o filme inteiro numa tomada única. São 97 minutos gravados em um só fôlego, sem cortes. Uma proeza tecnológica fenomenal. Quanto a isso, não há discussão. Mas o projeto leva, sim, a uma série de reflexões acerca da natureza da arte cinematográfica.


SINOPSE E DOWNLOAD
DOWNLOAD ALTERNATIVO

Além de um ótimo filme pelo seu conteúdo e modo de produção, trata muito bem da exploração dos registros culturais tomando, como base, uma estrutura repleta de objetos culturais e fatos históricos passados. Mostra o caráter atemporal dos registros estudados, visualizados no processo.

Semper fi!
Auf Wiedersehen!