Filme de Fritz Lang, 1927.
Sinopse:
Metropolis (conhecido no Brasil e em Portugal como Metrópolis) é um filme alemão de ficção científica produzido em 1927, realizado pelo cineasta austríaco Fritz Lang. Foi, à época, a mais cara produção até então filmada na Europa, e é considerado por especialistas um dos grandes expoentes do expressionismo alemão. O roteiro, baseado em romance de Thea von Harbou, foi escrito por ela, em parceria com Lang.
Esse filme dá alguns indícios do que seria a sociedade do futuro, conduzida à sua perfeição entelequial – ou quase – pelos ideais materialistas de desenvolvimento. O desenvolvimento da democracia e demais armas da sinarquia para estabelecer seu domínio de forma absoluta nos meios urbanos, primeiramente.
O filme mostra uma sociedade totalmente modernizada, “bela” em sua superfície, pois é automatizada, repleta de grandeza tecnológica, material. Porém, para sustentá-la uma massa incalculável de trabalhadores – a sociedade dos não-privilegiados – explorados, suados, cansados e pobres trabalham até a exaustão no subsolo, flertando com os perigos da poluição e da miséria. Ao mesmo tempo em que sofrem tal exploração de um sistema nocivo, desenvolvem um culto semita de salvação através de um “mediador”. Uma espécie de cristianismo, com seus personagens muito bem representados no filme, mas que servem como analogia social da redenção de uma classe.
Holocausto ao grande Moloch
Os senhores que detém o poder político e financeiro dessa sociedade também atuam dentro do mesmo argumento de culto e atitude. Há um enorme forno que representa o deus “MOLOCH”, das antigas tradições semitas. Tal Moloch opera um “HOLOCAUSTO” toda vez que recebe sacrifícios humanos em sua boca enorme que conduz ao mais puro fogo. É o mesmo mito hebreu que atuou na elaboração da "mitologia" da II Guerra Mundial e de seus resultados. O mito de Moloch e do forno que devora, em fogo, os oferecidos para sacrifício é parte essencial da alma monoteísta e de seu desenvolvimento inconsciente.
Ainda há, dentro do filme, a representação de outra “possibilidade de avanço” da sociedade materialista; a criação do “Ser-Máquina”, este uma espécie de robô, criado, no filme, sob um pentagrama invertido, simbolizando uma alma sujeita aos elementos da matéria. Outro passo na demência materialista, na “fome arquetípica” aplicada, aqui, ao dinheiro, o ato de possuir e nunca completar o que se anseia.
Metropolis também serve como modo de analisar a “luta de classes” e as diferenças. O mais importante é que todas as vãs dualidades que surgem no horizonte encontram melhor explicação na comparação com o “Dragão Bicéfalo”, pois são faces diferentes do mesmo argumento; cabeças diferentes da mesma besta a ser combatida, já que, o mais diferente que sejam entre si em aparência, a psicologia de ambas pertence à mesma matriz anímica.
Semper Fi!
Auf Wiedersehen
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