Todos se tornaram pequenos escravos, baixos, fracos, abúlicos em suas tarefas cotidianas sem fim. Estamos seguindo para um matadouro, um passo na fila na medida em que cada segundo passa. O mundo cristão-judaico cria seus filhos para calá-los depois, na triste desolação do abismo vazio de qualquer inquietação saudável. Poucos despertam ao sentir o ressoar da música; acordes pintados de rubra cor e com gerações batizados. E é sem qualquer perniciosa influência do mundo de Thelema que podemos afirmar sem a menor dúvida que "os escravos servirão" e servirão com tamanha serenidade em seus rostos que poderão ser comparados com tranqüilas vacas hindus, apenas esperando o aconchegante sopro da morte e o anúncio de encarnação.
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
O Futurismo
O futurismo foi criado em 1909 - ah, já são 100 anos! - por Fillippo Tommaso Marinetti, um fascista convicto, membro do partido fascista italiano. Como forma de saudar os 100 anos do futurismo, compartilharei seu manifesto e algumas obras que têm sido disponibilizadas pelos atores do Turbo-Dinamismo e pessoas relacionadas.
LER O MANIFESTO E A ORIGEM COMPLETOS
Algumas pinturas futuristas:
Marinetti, disponível em Dinamo Rivoluzione
Eis o Manifesto Futurista:
1. Nós pretendemos cantar o amor ao perigo, o hábito da energia e a intrepidez.
2. Coragem, audácia, e revolta serão elementos essenciais da nossa poesia.
3. Desde então a literatura exaltou uma imobilidade pesarosa, êxtase e sono. Nós pretendemos exaltar a ação agressiva, uma insónia febril, o progresso do corredor, o salto mortal, o soco e tapa.
4. Nós afirmamos que a magnificiência do mundo foi enriquecida por uma nova beleza: a beleza da velocidade. Um carro de corrida cuja capota é adornada com grandes canos, como serpentes de respirações explosivas de um carro bravejante que parece correr na metralha é mais bonito do que a Vitória da Samotrácia.
5. Nós queremos cantar hinos ao homem e à roda, que arremessa a lança de seu espírito sobre a Terra, ao longo de sua órbita
6. O poeta deve esgotar a si mesmo com ardor, esplendor, e generosidade, para expandir o fervor entusiástico dos elementos primordiais.
7. Exceto na luta, não há beleza. Nenhum trabalho sem um caráter agressivo pode ser uma obra de arte. Poesia deve ser concebida como um ataque violento em forças desconhecidas, para reduzir e serem prostradas perante o homem.
8. Nós estamos no último promontório dos séculos!... Porque nós deveríamos olhar para trás, quando o que queremos é atravessar as portas misteriosas do Impossível? Tempo e Espaço morreram ontem. Nós já vivemos no absoluto, porque nós criamos a velocidade, eterna, omnipresente.
9. Nós glorificaremos a guerra — a única higiene militar, patriotismo, o gesto destrutivo daqueles que trazem a liberdade, ideias pelas quais vale a pena morrer, e o escarnecer da mulher.
10. Nós destruiremos os museus, bibliotecas, academias de todo tipo, lutaremos contra o moralismo, feminismo, toda cobardice oportunista ou utilitária.
11. Nós cantaremos as grandes multidões excitadas pelo trabalho, pelo prazer, e pelo tumulto; nós cantaremos a canção das marés de revolução, multicoloridas e polifónicas nas modernas capitais; nós cantaremos o vibrante fervor noturno de arsenais e estaleiros em chamas com violentas luas elétricas; estações de trem cobiçosas que devoram serpentes emplumadas de fumaça; fábricas pendem em nuvens por linhas tortas de suas fumaças; pontes que transpõem rios, como ginastas gigantes, lampejando no sol com um brilho de facas; navios a vapor aventureiros que fungam o horizonte; locomotivas de peito largo cujas rodas atravessam os trilhos como o casco de enormes cavalos de aço freados por tubulações; e o vôo macio de aviões cujos propulsores tagarelam no vento como faixas e parecem aplaudir como um público entusiasmado.
LER O MANIFESTO E A ORIGEM COMPLETOS
Algumas pinturas futuristas:
Alessandro Bruschetti - Il Fulmine
Julius Evola - Mazzo di Fiori
Julius Evola - Chá das 5
Alessandro Bruschetti - Sintesi Fascista
Alessandro Bruschetti - Sem título
Deixo como referência o sítio Dinamo Rivoluzione.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Baudelaire
Que os séculos o lembrem, gênio obscuro.
Link para baixar o livro, em português, AQUI.
ABEL E CAIM
I
Raça de Abel, só bebe e come,
Deus te sorri tão complacente.
Raça de Caim, sempre some
No lodo miseravelmente.
Raça de Abel, teu sacrifício
Doce é ao nariz do Serafim!
Raça de Caim, teu suplício
Será que jamais terá fim?
Raça de Abel, tuas sementes
E teu gado produzirão;
Raça de Caim, sempre sentes
Uivar-te a fome como um cão.
Raça de Abel, não tremas nunca
À lareira patriarcal;
Raça de Caim, na espelunca,
Treme de frio, atroz chacal!
Raça de Abel, pulula! Ama!
Teu oiro é sempre gerador.
Raça de Caim, alma em flama,
Cuidado com o teu amor.
Raça de Abel multiplicada
Como a legião dos percevejos!
Raça de Caim, pela estrada
Arrasta a família aos arquejos.
II
Raça de Abel apodrecida
Há de adubar o solo ardente!
Raça de Caim, tua lida
Nunca te será suficiente;
Raça de Abel, eis teu labéu:
Do ferro o chuço é vencedor!
Raça de Caim, sobe ao céu
E arremessa à terra o Senhor!
MUSA DOENTE
O que tens essa manhã, ó musa de ar magoado?
Teus olhos estão cheios de visões noturnas,
E vejo que em teu rosto afloram lado a lado
A loucura e a aflição, frias e taciturnas.
Teria o duende róseo ou o súcubo esverdeado
Te ungido com o medo e o mel de suas urnas?
O sonho mau, de um punho déspota e obcecado,
Nas águas te afogou de um mítico Minturnas ?
Quisera eu que, vertendo o odor da exuberância,
O pensamento fosse em ti uma constância
E que o sangue cristão te fluísse na cadência
Das velhas sílabas de uníssona freqüência,
Quando reinavam Febo, o criador das cantigas,
E o grande Pã, senhor do campo e das espigas.
O ARCHOTE VIVO
Diante de mim caminham olhos luminosos,
Que um Anjo sábio fez sem dúvida imantados;
São meus irmãos, eu sei, estes irmãos piedosos,
Que aos olhos me arrojam fogos constelados.
Salvando-me do risco ou de qualquer agravo,
Rumo à Beleza eles me guiam sempre altivo;
Meus servos são e deles sou também escravo;
Todo meu ser se roja ante este archote vivo.
Olhos graciosos, cintilais da luz que emana
Dos círios místicos a arder no dia a pino;
O sol não lhes extingue a misteriosa chama;
Eles louvam a Morte, e vós entoais um Hino;
Ides a celebrar de minha alma o arrebol,
Astros cuja luz nunca há de apagar o sol!
SEPULTURA
Se em lúgubre noite de assombro
Um bom cristão, por caridade,
Sepulta ao pé de um velho escombro
Teu corpo inflado de vaidade,
À hora em que as estrelas graves
Fecham seus olhos sonolentos,
A aranha urdirá suas caves,
Como a serpente seus rebentos;
Ouvirás cada ano que passa
Ecoar no teu crânio em desgraça
O uivo dos lobos carniceiros
E das ferozes bruxas hiantes,
A esbórnia das velhas bacantes
E o vil complô dos trapaceiros.
O MORTO ALEGRE
Na planície em que o lento caracol vagueia,
Quero eu mesmo cavar um buraco bem fundo,
Onde possam meus ossos repousar na areia,
Como a esqualo a dormir no pélago profundo.
Odeio o testamento e a tumba me nauseia;
Ao invés de implorar uma lágrima ao mundo,
Prefiro em vida dar aos corvos como ceia
Os trapos que me pendem do esqueleto imundo.
Ó vermes! Vós a que não chegam luz ou ruído,
Eis que vos toca um morto alegre e destemido;
Filhos da podridão, demiurgos do artifício,
Vinde pois sem remorso ungir-me os membros tortos,
E dizei-me depois se resta algum suplício
A este corpo sem alma e morto dentre os mortos!
PAISAGEM
Quero, para compor os meus castos monólogos,
Deitar-me junto ao céu, à moda dos astrólogos,
E, vizinho do sino, escutar cismarento,
Os seus hinos marciais, levados pelo vento.
As mãos postas no queixo, eu do alto da mansarda,
Hei de ver a oficina a cantar na hora parda;
Torres e chaminés, os mastros da cidade,
Grandes céus a fazer sonhar a eternidade.
É sempre doce ver que à tarde a bruma vela
A estrela pelo azul e a lâmpada à janela,
Os rios de carvão irem ao firmamento,
Como a Lua, verter seu frouxo encantamento.
Eu hei de ver a primavera, o outono e o estio;
E quando o inverno vier, monótono em seu frio,
Por tudo fecharei cortinas e portões
Para construir na noite as feéricas mansões.
Sonharei com o poente azul e com seus astros,
Repuxos no jardim chorando entre alabastros,
Beijos como canções desde a manhã à tarde,
Tudo o que de infantil o Idílio ainda guarde.
O Alvoroço lá fora em tempestade cresça
Mas eu nunca erguerei da carteira a cabeça;
Mergulhado serei nesta sensualidade
Do mês de abril chamar só com minha vontade,
De um sol todo extrair de minha alma, que espera
Mudar meu peito ardente em tépida atmosfera.
A ALMA DO VINHO
Cantava a alma do vinho à tarde nas botelhas:
"Homem, eu ergo a ti, que és deserdado e triste,
De minha prisão vítrea e de ceras vermelhas,
Um canto fraternal que só de luz consiste!
Sei de quanto precisa a colina acendida
De amargura, de suor e do sol mais ardente
Para que esta alma seja e que eu palpite em vida;
Mas eu nunca serei ingrato ou inclemente,
Sempre sinto prazer imenso quando desço
Uma garganta humana usada de refregas,
Sempre um cálido peito é um sepulcro sem preço
Em que eu vivo melhor que nas frias adegas.
Ouves dominicais refrões bem como a Graça
Da esperança que vibra em meu seio fremente?
Apóia as mãos à mesa, as mangas arregaça,
Glorifica-me após e serás mais contente.
Acenderei o olhar de tua bem-querida;
Ao teu filho darei os músculos e as cores,
Serei para este fraco atleta desta vida
Óleo a robustecer bíceps de lutadores.
Eu tombarei em ti, vegetal ambrósia,
Precioso grão que atira o eterno Semeador,
Para que nosso amor desemprenhe a Poesia,
Brotando para Deus como uma rara flor!"
HINO
À bem-amada, à sem-igual,
À que me banha em claridade,
Ao anjo, ao ídolo imortal,
Saúdo na imortalidade!
Ela se expande em minha vida
Como ar impregnado de sal,
E na minha alma ressequida
Verte o sabor do que é imortal.
Bálsamo fresco que inebria
O ar de uma sagrada redoma,
Pira esquecida que irradia
Na noite o seu secreto aroma,
Como, ó amor incorruptível,
Posso expressar-te com verdade?
Um grão de almíscar invisível
A germinar na eternidade!
À bem-amada, à sem-igual,
Que me dá paz, felicidade,
Ao anjo, ao ídolo imortal,
Saúdo na imortalidade!
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Absurdos cristãos
Finalmente, neste contexto, devemos mencionar também a Fetum
asinorum, que era celebrada principalmente na França. Embora essa festa
fosse considerada uma celebração inofensiva em memória da fuga
para o Egito, ela era celebrada de um modo algo curioso, que podia ser
motivo de equívocos. Em Beauvais, a procissão do burro entrou diretamente
na Igreja. Na missa solemnis que se seguiu, todas as pessoas relinchavam
no final de cada parte da missa (do Intròito, do Kyrie, Glória,
etc, isto é,y-a, como faz o burro, "hac modulatione hinham concludebantur").
"No final da missa o sacerdote relinchará três vezes {ter Hinhannabif)
em vez do ite missa est, e o povo responderá em vez do Deo
gratias, três vezes y-a {hinham)", segundo se lê em um codex manuscriptus,
supostamente do século XI.
DU CANGE diz: quanto mais ridículo parecia este rito, "com maior
entusiasmo era celebrado" (eo religiosiori cultu observata fuerint). Em
outros lugares colocava-se sobre o asno uma manta dourada, cujas pontas,
cônegos eminentes seguravam (praecipuis canonicis); "os outros
presentes deviam vestir-se festivamente como convinha, tal como no dia
de Natal". Pelo fato de haver certa tendência a relacionar simbolicamente
o asno com Cristo, e uma vez que desde tempos remotos o Deus dos judeus
era concebido vulgarmente como um asno e o próprio Cristo fora
atingido por este preconceito, conforme indica o crucifixo escarnecedor
rabiscado na parede da Escola Imperial de Cadetes, no Palatino, e
TERTULIANO o confirma: o perigo do teriomorfismo rondava. Os
próprios bispos durante muito tempo nada puderam fazer contra este costume,
até finalmente ser suprimido pela auctoritas supremi Senatus. A
suspeita de blasfêmia torna-se visível no Festival do Asno de NIETZSCHE
, que é uma paródia deliberadamente blasfema.
(JUNG, Carl. Os Arquétipos e o Inconsciente Coletivo, p.254, 255. Vozes. 2002: Petrópolis)
Fica evidente o nível ridículo que o cristianismo alcançou com o tempo. Hoje, é tão ou mais ridículo, porém de outras formas; rebaixando o humano ao mais baixo nível possível em virtude do crescimento de seus aspectos anti-naturais e absurdos.
asinorum, que era celebrada principalmente na França. Embora essa festa
fosse considerada uma celebração inofensiva em memória da fuga
para o Egito, ela era celebrada de um modo algo curioso, que podia ser
motivo de equívocos. Em Beauvais, a procissão do burro entrou diretamente
na Igreja. Na missa solemnis que se seguiu, todas as pessoas relinchavam
no final de cada parte da missa (do Intròito, do Kyrie, Glória,
etc, isto é,y-a, como faz o burro, "hac modulatione hinham concludebantur").
"No final da missa o sacerdote relinchará três vezes {ter Hinhannabif)
em vez do ite missa est, e o povo responderá em vez do Deo
gratias, três vezes y-a {hinham)", segundo se lê em um codex manuscriptus,
supostamente do século XI.
DU CANGE cita um hino relacionado com esta festa:
Orientis partibus,
Adventavit Asinus,
Pulcher et fortissimus,
Sarcinis aptissimus
De países do Oriente Eis
que o asno chegou Belo e
fortíssimo O melhor
portador.
Versos desse tipo eram sempre seguidos pelo refrão francês:
Hez, Sire Asnes, car chantez,
Belle bouche rechignez, Vous
aurez du foin assez et de
l'avoine à plantez.
Hei, Senhor Asno, canta!
Negas esta iguaria? Terás
bastante feno e aveia em
demasia.
O hino consta de dez estrofes, sendo que a última diz:
Amen, dicas, Asine (hic genuflectebatur) Jam
satur de gramine, Amen, amen, itera
Aspernare vetera (?)
Dize amém, senhor Asno {aqui é feita uma genuflexão)
Saciado estás de capim,
Repete amém, amém
E despreza o velho, sim (?)
DU CANGE diz: quanto mais ridículo parecia este rito, "com maior
entusiasmo era celebrado" (eo religiosiori cultu observata fuerint). Em
outros lugares colocava-se sobre o asno uma manta dourada, cujas pontas,
cônegos eminentes seguravam (praecipuis canonicis); "os outros
presentes deviam vestir-se festivamente como convinha, tal como no dia
de Natal". Pelo fato de haver certa tendência a relacionar simbolicamente
o asno com Cristo, e uma vez que desde tempos remotos o Deus dos judeus
era concebido vulgarmente como um asno e o próprio Cristo fora
atingido por este preconceito, conforme indica o crucifixo escarnecedor
rabiscado na parede da Escola Imperial de Cadetes, no Palatino, e
TERTULIANO o confirma: o perigo do teriomorfismo rondava. Os
próprios bispos durante muito tempo nada puderam fazer contra este costume,
até finalmente ser suprimido pela auctoritas supremi Senatus. A
suspeita de blasfêmia torna-se visível no Festival do Asno de NIETZSCHE
, que é uma paródia deliberadamente blasfema.
(JUNG, Carl. Os Arquétipos e o Inconsciente Coletivo, p.254, 255. Vozes. 2002: Petrópolis)
Fica evidente o nível ridículo que o cristianismo alcançou com o tempo. Hoje, é tão ou mais ridículo, porém de outras formas; rebaixando o humano ao mais baixo nível possível em virtude do crescimento de seus aspectos anti-naturais e absurdos.
sábado, 6 de novembro de 2010
Um pouco de Fernando Pessoa e Von Thronstahl/The Days of the Trumpet Call
O Quinto Império
Triste de quem vive em casa,
Contente com o seu lar,
Sem que um sonho, no erguer de asa,
Faça até mais rubra a brasa
Da lareira a abandonar!
Triste de quem é feliz!
Vive porque a vida dura.
Nada na alma lhe diz
Mais que a lição da raíz --
Ter por vida sepultura.
Eras sobre eras se somen
No tempo que em eras vem.
Ser descontente é ser homem.
Que as forças cegas se domem
Pela visão que a alma tem!
E assim, passados os quatro
Tempos do ser que sonhou,
A terra será teatro
Do dia claro, que no atro
Da erma noite começou.
Grécia, Roma, Cristandade,
Europa -- os quatro se vão
Para onde vai toda idade.
Quem vem viver a verdade
Que morreu D. Sebastião?
Triste de quem vive em casa,
Contente com o seu lar,
Sem que um sonho, no erguer de asa,
Faça até mais rubra a brasa
Da lareira a abandonar!
Triste de quem é feliz!
Vive porque a vida dura.
Nada na alma lhe diz
Mais que a lição da raíz --
Ter por vida sepultura.
Eras sobre eras se somen
No tempo que em eras vem.
Ser descontente é ser homem.
Que as forças cegas se domem
Pela visão que a alma tem!
E assim, passados os quatro
Tempos do ser que sonhou,
A terra será teatro
Do dia claro, que no atro
Da erma noite começou.
Grécia, Roma, Cristandade,
Europa -- os quatro se vão
Para onde vai toda idade.
Quem vem viver a verdade
Que morreu D. Sebastião?
NEVOEIRO
Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer –
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo - fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quer,
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
É a hora!
Valete, Frates
Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer –
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo - fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quer,
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
É a hora!
Valete, Frates
Músicas retiradas do álbum Pessoa/Cioran, um split de Von Thronstahl e The Days of the Trumpet Call. O mesmo (e outros) pode ser baixado AQUI.
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
A Natureza
"A natureza é o grande reino das coisas, das que não querem nada conosco, que não nos acusam, nem solicitam de nós reações sentimentais, que permanecem diante de nós mudas, como um mundo em si mesmo, externamente estranho a nós.
Isso é estritamente o que necessitamos... Aquela realidade sempre grande e distante, que repousa em si mesma, muito além das pequenas alegrias e das pequenas dores do homem. Um mundo de objetos, fechados em si mesmo, nos quais nós mesmos sentimo-nos como um objeto. Pleno desapego daquilo que é apenas subjetivo, de toda vaidade e nulidade pessoal: esta é para nós a natureza." - Matzke
Retirado e traduzido de "Cabalgar el Tigre", de Julius Evola.
domingo, 31 de outubro de 2010
sábado, 30 de outubro de 2010
Mistério do Labirinto
Com o tempo, o mistério do labirinto é degradado e o segredo do ângulo reto é desviado. Observem os meandros na cultura grega e romana; esses temas geométricos têm um efeito especial na psique e demonstram o grau de pureza ou de domínio exercido pela sinarquia.
Meandros:
Meandros em Ara Pacis
A realidade é que os meandros gregos não são todos iguais. O segredo está na forma de labirinto em que eles resultam. Observemos que espécie de labirinto um meandro em especial cria:
O que vemos nesse labirinto não é nada mais que o caminho ELIX, o caminho percorrido pelo sujeito e que resulta na enteléquia e no trajeto sem BUSCA-OPÇÃO-ESCOLHA; o sujeito é empurrado ao ponto tau (centro) através do caminho alpha único. E devemos lembrar que a estratégia sinárquica consiste, muitas vezes, em DEGRADAR O SÍMBOLO DO VIRYA PARA QUE ESTE SE ASSEMELHE AO DO PASÚ, e isso é feito RETIRANDO O CARÁCTER RETILÍNEO E APLICANDO O CARÁCTER ESPIRIFORME. O mesmo tipo de labirinto foi aplicado nas catedrais góticas:
Labirinto na Catedral de Chartres
Existe uma grande diferença entre as diferentes formas de labirintos e essa diferença provém do espírito de quem projeta a forma do labirinto. O verdadeiro símbolo sagrado do Virya foi alvo de ações da sinarquia que culminaram na mudança de significado e na degradação de sentido e, logo, de sua forma. Resquícios de sua forma original permanecem nos labirintos elaborados pelos povos conduzidos pelos Deuses Leais, mesmo que não sejam o símbolo sagrado per se eles demonstram uma pureza de sangue maior, pois o mesmo é projetado dentro de uma linguagem mais fiel ao nous, rejeitando a forma espiral do desígnio animal-homem. Um exemplo é o labirinto criado sobre a forma da suástica, como os presentes em Roma:
Porém, da mesma forma que o espiriforme, esse último exemplo baseado na suástica também não apresenta BUSCA-OPÇÃO-ESCOLHA como deveria, mesmo que se assemelhando ao signo do Virya, ele apresenta características em comum com o labirinto do animal-homem. Mais um exemplo:
Nesse caso, existe a busca-opção-escolha, mas falta o principal: O ÂNGULO RETO PARA ADENTRAR NA PRAÇA TAU. Observem que o sujeito ingressa por “alpha” e tem três opções para seguir. Conforme escolha, acabará na porta X, que leva ao centro, ao ponto Tau, que é o objetivo. Porém, falta a porta fechada do ângulo reto para proteger o centro. Logo, não é um lugar seguro, não está sob o CERCO ESTRATÉGICO. E aí está um dos maiores problemas dos labirintos; O ESQUECIMENTO DO ÂNGULO RETO.
O signo original que realmente pode levar o iniciado ao seu objetivo concreto é o que tem uma impossibilidade; a impossibilidade de entrar na Praça Tau através do ângulo reto, estabelecendo o cerco e alcançando, de dentro, o pólo infinito. E essas características necessárias para o sucesso da missão espiritual podem ser encontradas no Símbolo Sagrado do Virya; Tirodinguiburr.
A necessidade desse texto básico surgiu como forma de instruir o sujeito na observação e análise das formas projetadas no mundo externo.
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
O Anel dos Nibelungos
Trata-se de uma obra única e fantástica de Richard Wagner. Essa ópera nos leva até os tempos pagãos, até a era dos Deuses e seus mitos de honra e bravura. É uma ópera que possui a essência ária em todo movimento executado. Ao escutá-la e ler seus mitos, diversos tipos arquetípicos tornam-se claros aos olhos treinados de quem analisa. Basta ver como Siegfried, destemido e livre de qualquer fraqueza esmaga o baixo nibelungo traiçoeiro. No mais, também é possível perceber tipos raciais nos personagens, suas características diferentes e suas características mentais inerentes; os nibelungos são feios, pequenos, pardacentos e se comportam mal, podem trair a qualquer momento somente para garantir o benefício próprio, egoísta. Não há muitas formas de definição para a obra de Wagner senão "obra ária sublime, de natureza superior". E, por isso, recomendo que ouçam a ópera ao mesmo tempo em que lêem os libretos.
Siegfried em seu cavalo
Download da Tetralogia (áudio)
Das Rheingold (O Ouro do Reno) (279mb)
Die Walküre (A Valquíria)(396mb)
Siegfried (451mb)
Götterdämmerung (O Crepúsculo dos Deuses)(493mb)
Fonte dos links
Libretos, para acompanhar a ópera, em português:
LINK
Ilustrações por Arthur Rackham, em PDF:
Vol. 1
Vol. 2
Também foram lançados vários filmes. O recomendável é conhecer a ópera em si antes de ver os filmes. Isso porque, nos filmes, várias coisas são adaptadas e alteradas. Por exemplo, no filme de 2004, quem cria Siegfried não é um nibelungo, mas um homem pagão honrado. Os filmes também deixam boa parte da obra de fora, principalmente a parte dos Deuses, deixando muita coisa confusa e incompleta. Os filmes de Fritz Lang ainda adicionam uma série de elementos cristãos, o que deixa tudo ainda mais confuso. De qualquer forma, os filmes também serão disponibilizados para Download.
Filmes
Download dos 2 filmes de 1924, dirigidos por Fritz Lang
Download do filme de 2004, via torrent
Toda a simbologia presente na obra deve ser analisada; o combate com o dragão, o sangue de Fafner que faz com que o guerreiro tenha o corpo transformado em PURO VAJRA e também o faz compreender a LÍNGUA DOS PÁSSAROS.
Pois, antes de combater o temível Fafner, Siegfried tenta, em vão, entender o que os pássaros dizem, mas é uma linguagem totalmente estranha e distante, de impossível compreensão para os mortais enganados. Mas o herói, que tem o sangue dos Deuses correndo em suas veias, derrota o dragão e chega ao entendimento das runas, da linguagem dos pássaros. Já não é mais um adormecido; é um espírito desperto, revestido de diamante.
Também deve se usar o já conhecido sobre o mistério de A-mort para analisar o caso de Siegfried e Brünhild, principalmente o significidado da espada na cama, entre os dois.
A moral dos personagens deve ser analisada com esforço e, também, a simbologia presente em todo momento deve ser cuidadosamente observada, pois é parte essencial do labirinto que percorremos.
Semper Fi,
Auf wiedersehen!
Clube da Luta (Livro)
Acorde, saia da mediocridade. Leia um livro. Faça o que deve. Não fique sentado esperando que chegue alguém para te presentear com a morte vulgar. Você não é sua ocupação ou suas ambições mesquinhas. Acorde. Descubra a força do espírito eterno; dance sobre o universo em ruínas.
Você compra móveis. E pensa, este é o último sofá que vou comprar na
vida. Compra o sofá, e por um par de anos fica satisfeito porque, aconteça o que
acontecer, ao menos tem o seu sofá. Depois precisa de um bom aparelho de
jantar. Depois de uma cama perfeita. De cortinas. E de tapetes.
Então cai prisioneiro de seu adorável ninho, e as coisas que antes lhe
pertenciam passam a possuir você.
Destrua a vida medíocre. Crie um ego isolado, isole-o. Você não é estático, pois está no mundo ilusório onde tudo é transformação; sua essência é uma, mas você deve se adaptar, pois é uma presa dormente em uma teia que está em permanente movimento. Nada é estático. Até a Mona Lisa está se desintegrando. Não seja previsível, pois você está em um território onde a única regra é guerra, guerra suja e traíra. Ao inferno com essas ninharias. Você sabe que pode ferrar com muitas coisas.Outras, são as coisas que não faz que acabam ferrando você. Sempre atento.
Monotonia
Rotina medíocre
Entelequia
Romper.
Queria destruir tudo de belo que nunca tive. Pôr fogo na floresta Amazônica. Injetar CFCs direto na camada de ozônio. Abrir válvulas de descarga dos superpetroleiros e destampar poços de petróleo em altomar. Queria matar os peixes que não pudesse comer e contaminar as praias francesas que não conheci.
Pense na possibilidade de Deus não gostar de você. É possível que Deus
odeie a gente. Não é a pior coisa que pode acontecer.
Se você pudesse ser o pior inimigo de Deus ou não ser nada, o que
escolheria?
Tudo o que você mais ama o rejeitará ou morrerá.
Tudo o que você já criou será jogado fora.
Tudo de que você mais se orgulha terminará em lixo.
Além do bem, além do mal. Puros espíritos.
Leia o Livro.
Me ne frego.
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Turbodinamismo e seu Manifesto
Encontrei referências ao turbodinamismo em alguns blogs, achei interessante e decidi compartilhar aqui.
(...)«Na noite de 29 a 30 de Março, comemorámos dignamente o nascimento do «Turbodinamismo» — corrente artística recém-nascida, ligada à associação para a promoção social CasaPound Itália — colando dezenas de cartazes que arvoram o retrato de um dos maiores poetas europeus, Robert Brasillach».(...)
Reivindicamos o direito ao «gesto belo», anunciamos assim o aparecimento dos «Turbodinamisti», artistas filósofos autoproclamados filhos de todos e de ninguém.
FONTE
(...)«Na noite de 29 a 30 de Março, comemorámos dignamente o nascimento do «Turbodinamismo» — corrente artística recém-nascida, ligada à associação para a promoção social CasaPound Itália — colando dezenas de cartazes que arvoram o retrato de um dos maiores poetas europeus, Robert Brasillach».(...)
Reivindicamos o direito ao «gesto belo», anunciamos assim o aparecimento dos «Turbodinamisti», artistas filósofos autoproclamados filhos de todos e de ninguém.
FONTE
Manifesto Turbodinamista
1. Turbodinamismo – lê-se no “manifesto” da nova corrente artística lançada pela CasaPound – é exaltar o gesto gratuito, violento e descabido, com reverência e atenção ao bem vestir.
2. A arte morreu num tempo imemorial, revive apenas no imediato da acção arrojada e arriscada e confina a sua fruição apenas ao vangloriar-se depois com os amigos no pub.
3. Aos que perguntam que trabalho faz o batedor respondemos secamente que distribui virtude nas décadas de apnéia do bulismo de fachada.
4. Confinar a arte em lugares e eventos santifica a sua prisão, nós organizaremos evasões espectaculares com aquele fazer típico do canalha dos anos 20.
5. Os bons da arte, os batoteiros, os institucionais, estes malfeitores saquearam cada espírito feroz e cada Ύβρις, e nós voltámos para retomar tudo.
6. Contra a ânsia de air-bag das vossas paredes embutidas – continua, nós exaltamos as suturas e a ortopedia, a urgência e o maxilo-facial, pois são precisas fracturas para namorar com as enfermeiras.
7. Estamos cansados de ouvir cantar as vítimas e os abjectos, de ver glorificar profecias desérticas: reivindicamos aquele certo estilo necessário para atear um incêndio.
8. Aos anestésicos do politicamente correcto anunciamos que reduziremos sistematicamente em pedaços tudo, apenas pelo gosto de o fazer. Estamos conscientes que responder em cada ocasião “porque faz rir” a quem nos pergunta a razão de tamanha intolerância, não faz mais que engordar a nossa aura de torpeza, todavia faz rir.
9. A nossa tendência ao absoluto é fluidificada cada vez pelo gosto da irrupção, no imobilismo imperante ditamos a lei do mercúrio. Mas o facto de odiar praticamente todos não nos torna incapazes de cortejar uma mulher oferecendo-lhe rosas vermelhas.
10. O Turbodinamismo celebra a vida, com o paradoxo da destruição, celebra a carne e a aceitação titânica, disfarçando no sorriso a pulsão trágica e a metafísica da guerra. Degustaremos um bom whisky enquanto tudo arde, estabelecemos que o futuro nos pertence.
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Metropolis (1927)
Filme de Fritz Lang, 1927.
Sinopse:
Metropolis (conhecido no Brasil e em Portugal como Metrópolis) é um filme alemão de ficção científica produzido em 1927, realizado pelo cineasta austríaco Fritz Lang. Foi, à época, a mais cara produção até então filmada na Europa, e é considerado por especialistas um dos grandes expoentes do expressionismo alemão. O roteiro, baseado em romance de Thea von Harbou, foi escrito por ela, em parceria com Lang.
Esse filme dá alguns indícios do que seria a sociedade do futuro, conduzida à sua perfeição entelequial – ou quase – pelos ideais materialistas de desenvolvimento. O desenvolvimento da democracia e demais armas da sinarquia para estabelecer seu domínio de forma absoluta nos meios urbanos, primeiramente.
O filme mostra uma sociedade totalmente modernizada, “bela” em sua superfície, pois é automatizada, repleta de grandeza tecnológica, material. Porém, para sustentá-la uma massa incalculável de trabalhadores – a sociedade dos não-privilegiados – explorados, suados, cansados e pobres trabalham até a exaustão no subsolo, flertando com os perigos da poluição e da miséria. Ao mesmo tempo em que sofrem tal exploração de um sistema nocivo, desenvolvem um culto semita de salvação através de um “mediador”. Uma espécie de cristianismo, com seus personagens muito bem representados no filme, mas que servem como analogia social da redenção de uma classe.
Holocausto ao grande Moloch
Os senhores que detém o poder político e financeiro dessa sociedade também atuam dentro do mesmo argumento de culto e atitude. Há um enorme forno que representa o deus “MOLOCH”, das antigas tradições semitas. Tal Moloch opera um “HOLOCAUSTO” toda vez que recebe sacrifícios humanos em sua boca enorme que conduz ao mais puro fogo. É o mesmo mito hebreu que atuou na elaboração da "mitologia" da II Guerra Mundial e de seus resultados. O mito de Moloch e do forno que devora, em fogo, os oferecidos para sacrifício é parte essencial da alma monoteísta e de seu desenvolvimento inconsciente.
Ainda há, dentro do filme, a representação de outra “possibilidade de avanço” da sociedade materialista; a criação do “Ser-Máquina”, este uma espécie de robô, criado, no filme, sob um pentagrama invertido, simbolizando uma alma sujeita aos elementos da matéria. Outro passo na demência materialista, na “fome arquetípica” aplicada, aqui, ao dinheiro, o ato de possuir e nunca completar o que se anseia.
Metropolis também serve como modo de analisar a “luta de classes” e as diferenças. O mais importante é que todas as vãs dualidades que surgem no horizonte encontram melhor explicação na comparação com o “Dragão Bicéfalo”, pois são faces diferentes do mesmo argumento; cabeças diferentes da mesma besta a ser combatida, já que, o mais diferente que sejam entre si em aparência, a psicologia de ambas pertence à mesma matriz anímica.
Semper Fi!
Auf Wiedersehen
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Arca Russa (Русский ковчег)
Nos dias atuais um cineasta é misteriosamente enviado ao museu Hermitage, em São Petersburgo, no ano de 1700. Lá ele encontra um diplomata francês do século XIX, com quem inicia uma jornada pela história da Rússia entre os séculos XVIII e XXI.
A simples realização de Arca Russa (Russkij Kovcheg, Rússia/Alemanha, 2002) já seria suficiente para inscrever o nome do cineasta Alekxandr Sokurov em uma nova página da história do cinema. A rigor, o longa-metragem nem precisava ser bom para conseguir marcar esse tento. É simples: “Arca Russa” consegue a proeza tecnológica de ter um único plano-seqüência. Ou seja, o filme inteiro numa tomada única. São 97 minutos gravados em um só fôlego, sem cortes. Uma proeza tecnológica fenomenal. Quanto a isso, não há discussão. Mas o projeto leva, sim, a uma série de reflexões acerca da natureza da arte cinematográfica.
SINOPSE E DOWNLOAD
DOWNLOAD ALTERNATIVO
Além de um ótimo filme pelo seu conteúdo e modo de produção, trata muito bem da exploração dos registros culturais tomando, como base, uma estrutura repleta de objetos culturais e fatos históricos passados. Mostra o caráter atemporal dos registros estudados, visualizados no processo.
Semper fi!
Auf Wiedersehen!
terça-feira, 10 de agosto de 2010
sábado, 7 de agosto de 2010
Cérebro Reptiliano
Sobre o Cérebro reptiliano:
Evoluiu de forma a obter estratégias de sobrevivência e subsistência, controlando inúmeras decisões no que diz respeito ao próprio bem-estar físico, inclusive, se necessário, procedendo de uma forma dissimulada, ‘mudando de cor’ de acordo com o meio social, como forma de autoproteção. Não poderíamos ter evoluído ou sobrevivido se esse nosso ancestral reptiliano não houvesse instalado a sua oficina em nossa base neural.Produz uma vida totalmente autocentrada, onde a percepção de um mundo pessoal interno prepondera e nos faz continuamente a permanecermos ‘rodando em torno de nós mesmos’, atrás de nosso próprio rabo. Essa ‘introspecção’ provoca a grande inércia típica dos répteis, que agem (se movem) somente em busca de sua autopreservação: se nada os ameaça eles não se movem.
A percepção sensorial preponderante do sistema reptiliano é a percepção tátil e o único discernimento visual que ele pode ter é o contraste do claro e escuro. Assim, seu relacionamento com aquilo que é externo é muito simples: “é algo para comer, é algo que vai me comer ou é algo para eu me acasalar?” Baseado nisso, nossas reações de resposta são apenas duas: dissimular e atacar, ou dissimular e fugir! Desimpedido de emoções, ou de qualquer outra consideração, esse sistema pode tomar rápidas decisões rápidas, por reflexo, em casos de emergência, condição conveniente em situações de combate, fazendo com que suas reações muitas vezes sejam extremamente violentas e agressivas.
Esse sistema é a fonte de todos os nossos hábitos e rituais. Incapaz de fazer alterações em seu comportamento, tanto no que foi herdado quanto no que foi adquirido, este cérebro antigo se encarrega também da aprendizagem de nossas habilidades motoras repetitivas: andar de bicicleta, dirigir um carro, digitar no teclado ou dedilhar teclas de um piano.
Palavras-chave: dissimulação, ataque e fuga, autopreservação e autocentrismo, alimento e abrigo, território e instintos, inércia e tempo presente.
FONTE
O cérebro reptiliano é uma lembrança antiga. Conforme o caminho iniciático é percorrido, ocorre o ativar das matrizes cerebrais adormecidas. É atualizado esse desígnio que se manifesta em forma de "Crista Metafísica", simbolizada pela própria crista. É libertado o lagarto primordial adormecido, parte do processo de retorno à origem. Ademais temos de esclarecer que existem mais questões e matrizes a serem conhecidas e levadas em conta, principalmente aquela que abrange o Rosto Ancestral, uma matriz de caráter primordial que se relaciona com o Cruzeiro do Sul.
Evoluiu de forma a obter estratégias de sobrevivência e subsistência, controlando inúmeras decisões no que diz respeito ao próprio bem-estar físico, inclusive, se necessário, procedendo de uma forma dissimulada, ‘mudando de cor’ de acordo com o meio social, como forma de autoproteção. Não poderíamos ter evoluído ou sobrevivido se esse nosso ancestral reptiliano não houvesse instalado a sua oficina em nossa base neural.Produz uma vida totalmente autocentrada, onde a percepção de um mundo pessoal interno prepondera e nos faz continuamente a permanecermos ‘rodando em torno de nós mesmos’, atrás de nosso próprio rabo. Essa ‘introspecção’ provoca a grande inércia típica dos répteis, que agem (se movem) somente em busca de sua autopreservação: se nada os ameaça eles não se movem.
A percepção sensorial preponderante do sistema reptiliano é a percepção tátil e o único discernimento visual que ele pode ter é o contraste do claro e escuro. Assim, seu relacionamento com aquilo que é externo é muito simples: “é algo para comer, é algo que vai me comer ou é algo para eu me acasalar?” Baseado nisso, nossas reações de resposta são apenas duas: dissimular e atacar, ou dissimular e fugir! Desimpedido de emoções, ou de qualquer outra consideração, esse sistema pode tomar rápidas decisões rápidas, por reflexo, em casos de emergência, condição conveniente em situações de combate, fazendo com que suas reações muitas vezes sejam extremamente violentas e agressivas.
Esse sistema é a fonte de todos os nossos hábitos e rituais. Incapaz de fazer alterações em seu comportamento, tanto no que foi herdado quanto no que foi adquirido, este cérebro antigo se encarrega também da aprendizagem de nossas habilidades motoras repetitivas: andar de bicicleta, dirigir um carro, digitar no teclado ou dedilhar teclas de um piano.
Palavras-chave: dissimulação, ataque e fuga, autopreservação e autocentrismo, alimento e abrigo, território e instintos, inércia e tempo presente.
FONTE
Quetzatcoatl : A Serpente Emplumada
Deusa serpente de Creta
Deusa serpente encontrada na Babilônia (UR)
O cérebro reptiliano é uma lembrança antiga. Conforme o caminho iniciático é percorrido, ocorre o ativar das matrizes cerebrais adormecidas. É atualizado esse desígnio que se manifesta em forma de "Crista Metafísica", simbolizada pela própria crista. É libertado o lagarto primordial adormecido, parte do processo de retorno à origem. Ademais temos de esclarecer que existem mais questões e matrizes a serem conhecidas e levadas em conta, principalmente aquela que abrange o Rosto Ancestral, uma matriz de caráter primordial que se relaciona com o Cruzeiro do Sul.
Crista, atualização da matriz reptiliana.
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Caminhantes do novo amanhecer
E a cada dia fico mais cansado desse mundo, dessa sociedade, dessa sociedade sem direção, sem cor, sem definição. Vendo imagens daquele tempo antigo, glorioso, penso se não poderei viver tudo aquilo novamente, se não poderei até morrer, talvez mais uma vez, por aquele ideal pelos meus e pelos nossos. Sinto uma nostalgia daquilo que já passou há tanto tempo, mas que ainda pulsa no meu sangue como se hoje fosse, ainda, o dia em que vi nosso estandarte sobre uma nação e todos seus filhos.
Não suporto mais essa sociedade dirigida por sujeitos nos bastidores, dirigida pelo inimigo de todos os nossos! Não consigo mais sequer ver diversão nessas coisas criadas apenas para nos distrair, para nos fazer esquecer. Sequer consigo estabelecer metas futuras, pois sei que isso me fará mais distante ainda do meu lugar natural.
Talvez um dia façamos tudo aquilo novamente, talvez todos nós possamos, ainda, sonhar com aquele lugar único pelo qual lutaram nossos familiares em algum momento da história. Talvez alcancemos na pós-morte a tudo que almejamos agora; tudo aquilo que nos é negado até sonhar. Continuo aqui nesse lugar estranho apenas com o sonho de poder ver, novamente em minha frente, tudo aquilo novamente, de ver os meus reunidos por uma última vez, se for o necessário. E sei que esse esforço deverá ser recompensado mais além, onde muitos dos nossos já descansam e nos esperam para o banquete. Também sei que muitos poderão não entender e acabarão por lutar contra nós. Tudo valerá a pena. Na mais profunda escuridão, a única mudança que podemos considerar é o clarão de luz.
Obrigado a todos que lutam por nós e com nós, garanto que tudo será recompensado pelo esforço de nosso sangue.
"E toda noite eu sonho em estar de volta ao tempo em que caminhava pelas florestas ancestrais."
"E toda noite eu sonho em estar de volta ao tempo em que caminhava pelas florestas ancestrais."
Me refiro a tempos tão antigos que nem máquina ou cruz havia.
Felicito-os, saúdo-vos, caminhantes do novo amanhecer.
Felicito-os, saúdo-vos, caminhantes do novo amanhecer.
Liberdade e Fasinação
Usam o compromisso e o trabalho como muletas para sua debilidade espiritual, para passar o dia sem questionar o porquê da foice e o porquê do caderno. Apostila e martelo, a bola de ferro da nossa geração.
A única liberdade é a de apertar a corda no próprio pescoço; tente soltá-la e será morto pelos algozes da pós-moderna era. A palavra de ordem agora é hedonismo; os deuses agora se chamam niilismo.
Nossa geração não tem ideal. A única luta é por justificar a própria existência na busca por um ofício diferente, por uma imagem que sintetize sua existência. Torna-se advogado e quando perguntam “Quem és tu?”, responde prontamente “Sou advogado”. Cada um torna-se alguma coisa, mas no fim ninguém é. Todos são escravos.
E nós, amantes da liberdade, não nos prendemos a nada desse mundo. Porque, se as coisas não são do nosso jeito, não serão do jeito “deles” também. Seremos arquitetos de ruínas e nosso único sentimento será fascinação.
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Embajadores en el Infierno (Filme) / Divisão Azul
Embajadores en el Infierno é um filme antigo, de 1956, que retrata o drama vivido pela Divisão Azul da Wehrmacht, a divisão de voluntários espanhóis que foram lutar, na Rússia, contra o comunismo. Esses valorosos soldados são presos em um campo de concentração russo e lá mantidos. Em meio ao cativeiro, eles se mantêm unidos e fiéis à sua pátria Espanha e aos seus ideais esperando, um dia, poder retornar ao lar. Um exemplo de coragem e sacrifício pela terra natal. Não encontrei legendas para o filme, mas acredito que consigam entender em espanhol.
Imagens da Divisão Azul
A Despedida
Propaganda para os voluntários
PRESENTE!
Divisão Azul de voluntários espanhóis conta o comunismo
Auf wiedersehen!
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